Foto: Sind-UTE/MG |
O documento prevê que o governo desista da ação no Tribunal de Justiça que declarou a ilegalidade da greve, o que anularia a multa diária imposta ao sindicato desde o dia 04/05. O pagamento dos salários dos grevistas e a formação de uma comissão para apresentar, em 10 dias, uma proposta de reajuste salarial, são outros itens que compõem o acordo. Caso o documento não seja assinado pelo governador Antonio Anastasia, a greve será retomada.
A decisão de suspender a paralisação acontece no momento em que os professores do estado sofrem forte pressão do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e do Tribunal de Justiça do Estado (TJMG). Nos últimos dias, o governo reiterou sua posição que condiciona o avanço nas negociações ao fim imediato da paralisação. Anastasia também ameaçou contratar professores substitutos, cortar o ponto dos grevistas e excluir o sindicato da junta de negociações com a Secretaria de Planejamento.
A pressão da Justiça mineira para que os professores abandonassem a greve, iniciou-se no dia 04/05, quando o TJMG concedeu liminar ao governo, considerando que a greve era ilegal e determinando o retorno às salas de aula, em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. No dia 20/05, os professores sofreram outra derrota na Justiça que triplicou o valor da multa diária e bloqueou R$ 130 mil das contas bancárias do Sind-UTE para garantir o pagamento de parte da pena imposta aos professores. “O governador não demonstrou ânimo nem disposição para dialogar e atender as reivindicações dos professores que recebem o 8° pior salário do país. Por outro lado, sobrou energia e disposição para acionar a Justiça e tentar desmobilizar a categoria”, disse a diretora do sindicato, Beatriz Cerqueira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário