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terça-feira, 25 de maio de 2010

ASSEMBLEIA DECIDE SUSPENDER A GREVE

Foto: Sind-UTE/MG
Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira, 25/05, em Belo Horizonte, os professores da rede estadual decidiram suspender a greve que durante 47 dias atingiu todo o estado de Minas Gerais. No entanto, o fim da paralisação – que contou com a adesão de 60% dos professores da rede estadual – está condicionado à assinatura da proposta acordada na segunda, 24/05, entre representantes do governo e do  Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). ...
O documento prevê que o governo desista da ação no Tribunal de Justiça que declarou a ilegalidade da greve, o que anularia a multa diária imposta ao sindicato desde o dia 04/05. O pagamento dos salários dos grevistas e a formação de uma comissão para apresentar, em 10 dias, uma proposta de reajuste salarial, são outros itens que compõem o acordo. Caso o documento não seja assinado pelo governador Antonio Anastasia, a greve será retomada.


A decisão de suspender a paralisação acontece no momento em que os professores do estado sofrem forte pressão do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e do Tribunal de Justiça do Estado (TJMG). Nos últimos dias, o governo reiterou sua posição que condiciona o avanço nas negociações ao fim imediato da paralisação. Anastasia também ameaçou contratar professores substitutos, cortar o ponto dos grevistas e excluir o sindicato da junta de negociações com a Secretaria de Planejamento.

A pressão da Justiça mineira para que os professores abandonassem a greve, iniciou-se no dia 04/05, quando o TJMG concedeu liminar ao governo, considerando que a greve era ilegal e determinando o retorno às salas de aula, em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. No dia 20/05, os professores sofreram outra derrota na Justiça que triplicou o valor da multa diária e bloqueou R$ 130 mil das contas bancárias do Sind-UTE para garantir o pagamento de parte da pena imposta aos professores. “O governador não demonstrou ânimo nem disposição para dialogar e atender as reivindicações dos professores que recebem o 8° pior salário do país. Por outro lado, sobrou energia e disposição para acionar a Justiça e tentar desmobilizar a categoria”, disse a diretora do sindicato, Beatriz Cerqueira.

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