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terça-feira, 6 de julho de 2010

Baixa remuneração ameaça profissão de professor. Falta de estrutura nas escolas e baixos salários afastam jovens das licenciaturas

A baixa remuneração está colocando em risco a profissão de professor. Com a desvalorização no mercado, a carreira toma o rumo da extinção. Pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas apontou que apenas 2% dos quase 2 mil estudantes do 3º ano do Ensino Médio entrevistados têm como primeira opção no vestibular graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula.

A pesquisa foi realizada em 18 escolas públicas e particulares de oito cidades do Brasil. Outros 9% mencionam a intenção de cursar disciplinas da Educação Básica, como Letras, História e Matemática – o que não garante, entretanto, que eles venham a se interessar pela carreira.

No ano passado, o Censo da Educação Superior descobriu que cursos ligados à formação de professores têm relação candidato/vaga alarmante: enquanto Medicina aponta uma média de 21,8 candidatos competindo por um vaga, os cursos de formação de professores não ultrapassam 1,4.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) assistiu de perto, nos últimos quatro anos, o desinteresse dos candidatos pela sala de aula. É como se os professores estivessem fugindo da escola. Para se ter uma ideia, em 2006, o curso de Letras caiu de 1.097 inscritos para 630; Ciências Biológicas, de 1.070 para 489; Geografia tinha 463 inscritos, quatro anos mais tarde recebeu apenas 210 inscrições. O curso de História caiu de 568 para 252 candidatos, e com Matemática não foi diferente: de 337 passou para 149 candidatos.

Os últimos números da Secretaria de Estado da Educação (SEE) mostram que Minas Gerais conta com quase 183 mil professores de educação básica atuando em 4 mil escolas estaduais. Anualmente, são gastos R$ 4,4 bilhões com educação. Mas, para quem escolheu ser professor, é preciso mais do que equações para se ter uma educação de qualidade e ver o retorno de profissionais para as salas de aula. 
Fonte: Sind-UTE/MG

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