Sistema remuneratório adotado pelo Governo de
Minas no início deste ano conta com a aprovação da maioria dos profissionais da
educação
Em reunião no Ministério Público Estadual (MPE)
nesta terça-feira (16/08), as secretárias de Estado da Educação, Ana Lúcia
Gazzola, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, asseguraram que o Governo
de Minas está disposto a realizar estudos e implementar melhorias e
aperfeiçoamentos no sistema de remuneração em parcela única (subsídio), adotado
no início deste ano para remunerar os cargos da Carreira da Educação.
O sistema em parcela única é utilizado para
remunerar 62% dos cargos da Educação em Minas
Gerais, ou seja, 249 mil contratos
de trabalho são regidos por este modelo remuneratório.
Ao implementar este novo sistema no início deste
ano, o Governo de Minas manteve em aberto, por 180 dias, o prazo para que os
servidores manifestassem a opção: se preferiam ser remunerados pelo modelo
antigo, em extinção, ou pelo sistema em parcela única, que incorpora todos os
benefícios e vantagens. Ao final do prazo, que se encerrou no dia 10 de agosto,
mais de 62% dos cargos mantiveram-se sua adesão ao sistema novo.
No modelo de remuneração em parcela única o valor
mínimo recebido por um professor em nível médio de formação é de R$ 1.122,00
para uma jornada de trabalho de 24 horas. Enquanto isso, o piso nacional da
educação é de R$ 1.187,00 para uma jornada de trabalho de 40 horas.
Em outras palavras, adotada a regra da
proporcionalidade, que é assegurada pela Lei Nº 11.738, o valor mínimo recebido
por um professor da rede estadual mineira é 57,55% acima do piso nacional da
educação, lembrando que em Minas a jornada de trabalho dos professores é de 24
horas e o Governo Federal estabelece que a jornada para o piso seja de 40
horas.
Aperfeiçoamentos e
melhoriasUma das medidas já anunciadas como possíveis avanços é o
reposicionamento dos profissionais da Educação Básica, com mais tempo de casa,
no modelo de remuneração por subsídio. As secretárias de Estado destacaram que
esta medida, bem como o aprimoramento da situação de diretores, vice-diretores,
coordenadores e secretários de escolas, são aperfeiçoamentos viáveis a serem
realizados no sistema de remuneração em parcela única.
"O Governo de Minas reconhece, por exemplo, a
necessidade de rever o posicionamento dos profissionais da Educação Básica com
mais tempo de serviço. Estamos cientes de que para esse grupo de profissionais
há avanços a serem feitos no sistema de remuneração em parcela única", afirma a
secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.
"O modelo de remuneração em parcela única é um
sistema interessante porque ele apresenta uma proposta de carreira com
progressão e promoção. Mas sabemos que há avanços a serem realizados e esses
aperfeiçoamentos podem torná-lo muito bom para toda a categoria", avalia a
secretária de Estado de Educação Ana Lúcia Gazzola.
A proposta de aperfeiçoar o modelo de remuneração
em parcela única foi apresentada pelas secretarias de Estado durante encontro
com diretores do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
(Sind-UTE/MG) mediado pelos procuradores do Estado Alceu Torres e Maria Elmira
do Amaral Dick. No entanto, a direção do Sind-UTE/MG defendeu que não interessa
à categoria as propostas de aperfeiçoamento neste sistema.
Fonte: educacao.mg.gov.br
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